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Burnout: o que é e como combatê-lo no trabalho?

Dentre as doenças que passaram a ser desenvolvidas devido ao estresse no ambiente de trabalho, a mais notória atualmente é a Síndrome de Burnout. Isso consiste no esgotamento mental do profissional devido a situações de trabalho desgastantes. Nesse cenário, metas, prazos, cobranças, sobrecarga de trabalho, insuficiência de condições, etc., passaram a ser fatores estressantes na vida dos profissionais, assim como elementos chave para o desenvolvimento do distúrbio. O que leva não apenas a graves problemas de saúde, física e mental, mas também a queda de desempenho e produtividade no trabalho. Diante disso, lidar com o Burnout e encontrar uma forma de combatê-lo se tornou uma necessidade para as empresas.

Segundo uma pesquisa feita recentemente pela Associação Internacional de Gestão de Estresse, 32% dos profissionais brasileiros sofrem de Burnout, e outros 72% enfrentam algum problema relacionado ao estresse. O que os deixa em uma posição muito próxima a desenvolver problemas como depressão ou mesmo colapsos gerados pelo Burnout. Diante disso, é importante lembrar que esse distúrbio não se trata de casos isolados ou mesmo situações que devem ser encaradas com descaso. Isso porque, para além de um mercado competitivo, o desenvolvimento frequente da Síndrome de Burnout pelos colaboradores é um reflexo da saúde do próprio ambiente de trabalho da empresa. 

Sendo assim, é preciso que as empresas (e até mesmo os profissionais) não apenas entendam o problema e suas causas, mas elaborem estratégias de como combatê-lo e preveni-lo. Dessa forma, será possível promover não apenas um ambiente de trabalho mais harmônico e saudável, mas também a produtividade e bem-estar dos colaboradores. Pensando nisso, neste artigo falaremos um pouco mais a respeito do que é o Burnout e como você pode combatê-lo na sua empresa. 

O que é a Síndrome de Burnout? 

A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional ou mesmo Distúrbio de Tensão Emocional, é caracterizada pelo estado de tensão emocional e estresse, ou mesmo pela exaustão extrema, decorrentes de situações de trabalho desgastantes. Consiste, portanto, em um distúrbio psicológico devido ao estresse crônico provocado pelas condições físicas, emocionais e psicológicas desgastadas devido à pressão do ambiente de trabalho. No mais, pode ser desenvolvido a partir da evolução de quadros de ansiedade e esgotamento mental.

Em suma, ao adotar seu conceito em inglês, “burnout”, nos referimos ao limite que se atingiu por falta de energia. Isto é, a causa principal da doença é devido ao excesso de trabalho e a pressão decorrente dele. Fato que levou o Burnout a ser uma das doenças mais comuns no mundo corporativo atualmente. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o caracteriza a partir de três determinantes: exaustão, alienação e ineficácia. Os quais correspondem à exaustão extrema, o desinteresse e o sentimento de incompetência.  

Quais são as causas do Burnout? 

Inúmeros fatores podem causar o Burnout, podendo ser um ou mais fatores. Contudo, de maneira geral, trata-se de uma relação de desgaste e estresse do profissional com um ambiente de trabalho opressivo. Diante disso, algumas das suas principais causas são: 

  • Problemas com colegas e superiores;
  • Sobrecarga de trabalho;
  • Acumulo de funções;
  • Prazos curtos; 
  • Falta de comunicação;
  • Falta de recursos para execução de tarefas;
  • Falta de recompensas e benefícios; 
  • Falta de reconhecimento. 

Quais são os sintomas do Burnout? 

Os sintomas do Burnout estão associados a sintomas físicos, mentais e comportamentais, uma vez que, seja para se tornar um profissional mais produtivo ou atender as demandas extensas, muitos colaboradores ignoram o próprio autocuidado. Como exemplo disso, podemos citar a falta de uma alimentação adequada ou sono tranquilo para dar equilíbrio para o corpo e a mente e evitar que eles colapsem. Já que esses, junto com os fatores de estresse mentais e emocionais, acarretam no Burnout. Diante disso, os principais sintomas que se apresentam são:

  • Perda de produtividade;
  • Cansaço excessivo físico e mental;
  • Falhas na memória;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Irritabilidade;
  • Insônia;
  • Isolamento
  • Desmotivação;
  • Ansiedade ;
  • Absenteísmo;
  • Perdas e atrasos nas entregas de projetos ou esquecimento;
  • Alterações na pressão;
  • Dores musculares; 
  • Baixa autoestima;
  • Dificuldade de raciocínio e concentração, etc. 

Além disso, como a síndrome envolve questões como nervosismo e estresse psicológicos e físicos, também podem se apresentar sintomas como dor de barriga, tonturas, sudorese, taquicardia, distúrbios alimentares, etc. 

Burnout e como combatê-lo no ambiente de trabalho

A melhor forma de lidar com o Burnout e combatê-lo no ambiente de trabalho é encontrando estratégias para preveni-lo. De modo geral, os cuidados para evitar o distúrbio podem ser feitos pelo próprio colaborador, como definir metas mais razoáveis e fazer acompanhamento profissional quando nota sinais do problema. No entanto, é essencial que as empresas também adotem políticas para prevenir e auxiliar seus colaboradores. Para isso, algumas dicas são: 

  • Jornadas de trabalho flexíveis;
  • Estabelecer uma linha de comunicação;
  • Garantir condições de trabalho adequadas;
  • Implementar políticas de benefícios; 
  • Promover a valorização profissional; 
  • Implementar programas de saúde e bem-estar. 

1 – Jornadas de trabalho flexíveis 

Uma forma de combater o Burnout na empresa é adotar horários de trabalho mais flexíveis, como o feito por meio do sistema de trabalho híbrido, o qual concilia o presencial e o Home Office. Isso, por sua vez, fornece tanto uma melhora na dinâmica do ambiente de trabalho quanto oferece condições mais confortáveis para o colaborador. Além de promover vantagens e benefícios para ambos os lados, como o aumento da produtividade dos colaboradores e a promoção do bem-estar. 

Contudo, é importante definir um limite entre a vida pessoal e profissional, de modo a promover uma cultura de equilíbrio entre horário de trabalho e lazer. Uma outra estratégia que surgiu recentemente é a proposta do programa feito pela 4 Day Week Global, na qual propõe uma redução da jornada de trabalho para 4 dias, com os mesmos horários, salários e benefícios. Tendo como objetivo tanto a melhora da produtividade quanto da saúde do colaborador. 

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2 – Estabelecer uma linha de comunicação

É importante que o setor de RH, assim como os próprios gestores, promova espaços de comunicação segura e não-violenta com os colaboradores. Isso vai permitir tanto identificar problemas como o Burnout quanto criar estratégias de como combatê-lo de forma mais eficiente. Além de ajudar a encontrar formas de melhorar a gestão e o clima organizacional. Assim, abrir uma linha de comunicação como a feita por meio da política de feedbacks pode ser uma ótima forma de criar um ambiente mais confortável e saudável na empresa. 

3 – Garantir condições de trabalho adequadas

De maneira geral, um ambiente de trabalho saudável está ligado a boa convivência e boas relações interpessoais, assim como tranquilidade para o exercício de suas funções. Contudo, um espaço com uma infraestrutura adequada, seguro e equipado com os materiais e recursos essenciais para as atividades do dia a dia também são essenciais para diminuir o problemas como o Burnout. Até porque, locais muito apertados, escuros e desconfortáveis, ou mesmo a falta de recursos para cumprir tarefas são grandes fatores de estresse e desgaste. 

4 – Implementar políticas de benefícios

Implementar uma política de benefícios na empresa pode ser uma ótima forma de promover equilíbrio para a vida do colaborador, assim como servir como um grande motivador. Sendo assim, é importante ofertar vantagens e benefícios que atendam as necessidades dos colaboradores. Algumas empresas até mesmo já adotaram algumas dessas práticas, como ofertas de recursos adicionais como auxílio-alimentação, vale transporte, bolsas de estudo, bonificações, plano de saúde, etc. 

Até porque, um dos maiores fatores externos relacionados ao trabalho e que serve como motivo de desgaste atualmente é a preocupação com a renda. Desse modo, ao oferecer benefícios para além do salário, a empresa contribui para diminuir a pressão enfrentada pelo colaborador. 

5 – Promover a valorização profissional

A falta de reconhecimento profissional é um dos principais fatores que levam o Burnout, uma vez que o colaborador ou mesmo gestor passa a sentir uma sensação de insuficiência e frustração ao não ter seu trabalho valorizado e/ou reconhecido. Por isso, uma forma de combatê-lo é promovendo a valorização profissional. Sendo assim, ajude seus colaboradores a definirem um plano de carreira na empresa, ofereça oportunidades por meio de treinamentos e capacitações e reconheça as conquistas deles, ainda que pequenas. Isso vai não apenas reduzir as taxas de estresse e esgotamento, como vai aumentar a motivação e a produtividade dos colaboradores. 

6 – Implementar programas de saúde e bem-estar

A implementação de programas de saúde e bem-estar tem sido uma iniciativa que muitas empresas passaram a adotar para cuidar do bem-estar de seus colaboradores. Com o objetivo de prevenir ou combater problemas como o Burnout, a ansiedade e inúmeros outros problemas de saúde e de rendimento corporativo. Desse modo, oferecer acompanhamento psicológico, nutricional ou mesmo estimular a prática de atividades físicas tem mostrado resultados muito satisfatórios, tanto na saúde dos colaboradores, quanto na sua produtividade e na melhora do clima organizacional das empresas. 

Por isso, investir no bem-estar e na saúde dos colaboradores pode ser uma ótima forma de prevenção de problemas de trabalho no decorrer do tempo. Inclusive, há empresas como o Fortalece (clique aqui) que oferecem programas que buscam ajudar na promoção da saúde e bem-estar da sua equipe corporativa. 

A Síndrome de Burnout não é incurável, contudo, é perigosa, principalmente pelo fato de poder acarretar em outras doenças. Por isso, é importante ficar atento às situações, comportamentos e gatilhos para o desenvolvimento do distúrbio. Portanto, você, gestor ou colaborador, se está condicionado em um ambiente de muito estresse e pressão, invista no seu autocuidado físico e mental. Sendo assim, durma bem, descanse, se alimente adequadamente, converse e desabafe com os amigos e família, fuja da sua rotina de vez em quando e pratique atividades físicas. Pois essas são a melhor forma de lidar com o Burnout e combatê-lo. 

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